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Hector Paulo

26 May de 2022

min para ler
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Dicas para priorizar um Backlog

Você já deve saber da importância de ter um Backlog priorizado. Nossos especialistas prepararam algumas dicas para te ajudar.

Você sabia que existem mais de 30 frameworks que auxiliam na priorização de Backlog?

É importante entender que um Backlog não priorizado, ou até mesmo priorizado de forma errada, pode trazer um risco muito grande para as futuras entregas. Se não houver uma visão de evolução de produto, muito provavelmente você terá apenas um monte de histórias do usuário, ao invés de um Backlog que está alinhado com o seu roadmap de produto.

Sabemos também que as metodologias ágeis não definem qual a melhor forma de se priorizar o Backlog. Normalmente, cabe ao Product Owner essa responsabilidade e muitos ordenam seu Backlog por Valor, seja valor para o negócio ou para o usuário, através de alinhamentos ou pesquisas.

Outra forma bastante comum de priorização é considerando o Esforço. Sempre existe a preocupação em fazer “caber” na Sprint e, nestes casos, o time ajuda a decidir o que é prioritário.

Podem ser considerados também questões relacionadas à Dependências podendo ser técnicas ou funcionais.

Métodos para priorização de Backlog

OK, tenho um Backlog, mas como priorizar? Qual melhor método para cada caso? Como termos um Backlog realmente priorizado que entrega valor para o negócio?

Para responder a essa pergunta faremos um exercício com alguns cenários e métodos que, possivelmente, ajudariam a obter uma boa resposta a essa pergunta:

1. Matriz GUT (Gravidade, Urgência e Tendência)

Muitas vezes o Backlog está infestado de “problemas” e essa lista também precisa ser priorizada. Nem só de novas funcionalidades vive o Backlog.

Todos os problemas são urgentes e, ao mesmo tempo, todos se parecem igualmente importantes.

A Matriz GUT avalia os atributos Gravidade (do problema), Urgência (de revolve-lo) e Tendência (de piorar). Ela ajuda, principalmente, quando estamos tratando de uma lista de problemas muito parecidos.

 2. Método Kano

Quando o foco está em queremos aumentar a satisfação do cliente o método Kano poderá te ajudar.

O Modelo Kano é baseado em três pilares:

·        O QUE O CLIENTE PRECISA?

·        O QUE O CLIENTE DESEJA?

·        O QUE ENCANTA O CLIENTE?

Essas perguntas são importantes de serem respondidas quando buscamos ter um Backlog priorizado para entregar o que o cliente realmente está buscando.

O método ajuda ainda a refletir sobre se seu produto já atende as necessidades básicas do cliente antes mesmo de pensar em aumentar a satisfação do cliente.

3. MoSCoW

Quando estamos falando de MVP (Minimum Viable Product), nosso foco está em entrega e teste rápido. Os ciclos de feedback irão nos fazer evoluir o produto. Muito útil quando queremos validar a viabilidade de um produto.

Utilizando o MoSCoW, deixamos claro o que Must Have (se DEVE TER) o que Should Have (DEVERIA TER), o que Could Have (PODERIA TER) e o que Won’t Have (não é importante naquele momento para a entrega, ou seja, NÃO VAI TER ).

O método MoSCoW nos ajuda a fazer a priorização de acordo com o que é preciso ser validado focando no que é essencial para a entrega.

 4. Método RICE

Algumas vezes temos riscos associados às entregas e este pode ser o foco da priorização.

Existem diversos tipos de riscos associados, tais como risco de entrega, risco operacional, risco de transição entre outros que precisam ser avaliados.

É bem verdade que existem várias planilhas e instrumentos para apoiar uma priorização baseada em risco. Como exemplo destes, o método RICE utiliza 4 fatores para avaliar cada item do projeto considerando o Reach (ALCANCE), Impact (IMPACTO), Confidence (CONFIANÇA) e Effort (ESFORÇO).

Antes mesmo de usar, considere que você tenha em mãos dados confiáveis e quais dados serão utilizados. Por vezes outros métodos como Valor vs. Risco, por exemplo, podem ser mais úteis.

5. WSJF (Weighted Shortest Job First)

O método WSJF é potencialmente interessante quando buscamos envolver e considerar o Time to Market, que representa o tempo que a empresa leva desde o início do desenvolvimento até a entrega do produto para a venda.

O WSJF prioriza a análise do custo do atraso e do tamanho do trabalho para cada projeto. Para isso você deve atribuir notas para os projetos avaliando alguns critérios.

  • Valor para o negócio (VN): Avalie o quanto aquele determinado projeto trará de valor para o negócio.
     
  • Criticidade de tempo (CT): Este critério deve ser avaliado conforme a urgência para o lançamento do produto do projeto.
     
  • Redução de risco ou habilitação de oportunidade (RRHO): Aqui você deve avaliar quanto aquele projeto reduz o risco geral da empresa.
     
  • Tamanho do trabalho (TT): Este critério deve ser avaliado levando-se em conta tanto o esforço necessário para realizar o projeto quanto o tempo para entregá-lo.

Bom, é importante deixar claro que não existe certo ou errado, melhor ou pior. O que existe é o mais adequado para cada caso. Espero que você encontre a melhor maneira para o seu desafio!