Agilidade de Negócios: modelos e importância para a Instituição

Agilidade de Negócios: modelos e importância para a Instituição
Entenda os modelos de agilidade e a importância de uma Instituição cultivar agilidade no seu DNA.
De um lado, o investimento em processos e estruturas de governança; do outro, flexibilidade e autonomia para operar e lidar melhor com a complexidade. Uma organização não pode mais se dar ao luxo de cultivar agilidade apenas na TI, todo o negócio precisa ter agilidade embutida no DNA.
Como essa dinâmica afeta a nova forma de trabalho nas organizações? Como podemos nos adaptar às mudanças que serão necessárias para triunfar em ambientes VUCA? E a gestão? Será que ainda é do domínio apenas de gerentes? Minha experiência me impulsiona para o futuro do trabalho e da gestão?
Vamos entender melhor esses questionamentos; já que as respostas, cada organização vai ter que descobrir por conta própria.
Agilidade de Negócios
Evan Leybourn “Chief Everything Officer”, Business Agility Institute (BAI)
Fonte: https://businessagility.institute/learn/
O modelo do Business Agility Institute
No modelo proposto pelo Business Agility Institute, podemos verificar o cliente como o centro de referência para a geração de valor, uma abordagem conhecida como Customer Centric.
Ao seu redor, um board, parceiros e a força de trabalho para atuar em direção a esse objetivo. Para desenvolver a capacidade da organização de tornar-se o camaleão criativo que utiliza a mudança em favor de seus clientes, três grandes esferas precisam ser observadas: Indivíduos, Operações e Liderança.
O foco não é detalhar o modelo, mas refletir que, na esfera individual, o domínio de uma mentalidade de crescimento, senso de propriedade e prestação de contas, além do desenvolvimento da excelência são as áreas de foco.
As operações devem se preocupar com o desenvolvimento de uma estrutura voltada à agilidade, processos que ofereçam norte ao invés de uma camisa de força para as práticas ágeis (em constante mutação) e a preocupação da adoção de uma mentalidade ágil em todo o negócio, não apenas na TI.
A terceira peça essencial é a liderança, com o entendimento de um novo modelo estratégico para ambientes complexos, a mentalidade de “One Team” (somos uma única equipe) e, de fato, aprender a lidar com pessoas e gerenciar seu talento em favor da organização.
Muita gente boa contribuiu para a formação dessa linha de pensamento. Na falta de um manifesto construído pela comunidade, eles adotaram o manifesto ágil trocando apenas um dos valores de “software em funcionamento” mais que documentação abrangente para “criação de valor” mais que documentação abrangente. Isso ajuda a caracterizar que agilidade não é mais apenas coisa que se houve falar lá na TI.
Agilidade de Negócios é a habilidade de uma organização de:
▶️ Adaptar-se rapidamente às mudanças de mercado - internamente e externamente
▶️ Responder rapidamente e com flexibilidade às demandas dos clientes
▶️ Adaptar-se e liderar a mudança de uma forma produtiva e custo-benéfica sem comprometer qualidade
▶️ Manter uma vantagem competitiva continuamente.”
Fonte: https://www.agilebusiness.org/page/WhatisBusinessAgility
O modelo do Agile Business Consortium
Já o Agile Business Consortium coloca as mudanças ágeis do negócio no centro de seu modelo. A parte ágil, refere-se ao portfólio, composto de programas e projetos ágeis, e a evolução de produtos e serviços ágeis. Para dar suporte à mudança, a estrutura organizacional e operações também precisam migrar para um formato que esteja mais alinhado com agilidade. Esse alinhamento cobre cinco dimensões: Pessoas, Cultura, Liderança, Estratégia e Governança, todas com o prefixo Agile.
O modelo também valoriza o cliente de forma direta, mas entende que liderar e obter vantagem a partir das mudanças, adaptabilidade, responsividade e flexibilidade são os itens da agenda de organizações verdadeiramente ágeis. Isso não deve ser feito sem uma avaliação do custo-benefício e em detrimento da qualidade e produtividade.
Agile Business Consortium
Fonte: https://www.scaledagileframework.com/business-agility/
SAFe é um dos frameworks mais conhecidos e robustos quando o assunto é agilidade em escala organizacional. Me surpreendi ao encontrar uma página (muito completa, por sinal) falando apenas de Agilidade de Negócios e de como o framework se conecta e oferece suporte para sua utilização nas organizações.
Assim como o Business Agility Institute, o cliente está no centro de tudo. De um lado as estruturas de suporte direcionam o foco para as soluções oferecidas (Entrega de Solução no Empreendimento), Entrega Ágil de Produtos e Agilidade Técnica e da Equipe. Do outro, aspectos mais organizacionais, como o Gerenciamento Enxuto de Portfólio, Agilidade Organizacional, a criação e manutenção de uma Cultura de Aprendizagem Contínua. Ao centro, o que parece oferecer suporte a todo o modelo, uma Liderança Lean-Agile.
Fonte: https://www.scaledagileframework.com/business-agility/
Agilidade vai além da TI
É fato que a agilidade hoje vai além da TI. Como fazer com que o que aprendemos nas trincheiras da tecnologia da informação seja disseminado para toda a organização tem sido o maior desafio da comunidade. Procura-se desenvolver abordagens e soluções que permitam o mínimo de estrutura sem criar amarras que impeçam a evolução e amadurecimento de ativos organizacionais verdadeiramente ágeis. Esses ativos, por sua vez, têm vida útil e eventualmente ficarão obsoletos.
Uma mentalidade ágil incorporada ao “DNA” organizacional é o que permitirá o entendimento e reavaliação periódica da adequação desses ativos às nuances de um mercado volátil, incerto, complexo e ambíguo.
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