Crescimento econômico, expansão do quadro de funcionários e
estabilidade nos preços. Esse é o cenário desenhado por empresários do
setor Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) para 2018. O
sentimento foi passado por três executivos de empresas locais de
diferentes áreas de atuação, em entrevista ao SoftexRecife, nos
últimos dias do ano. Apesar de vivenciarem realidades diferentes em
2017, eles foram unânimes em apontar um horizonte positivo para a
economia do país e para área de tecnologia.
As análises foram realizadas com o CEO da Pitang, Antônio Valença; a
sócia da Mídias Educativas, Laís Xavier; e o CEO da RH3, Patrick Gouy.
Embora discordem sobre o fim ou não da recessão, os três acreditam
que, no próximo ano, suas empresas vão alavancar as vendas de novos e
antigos produtos do seu portfólio. A estabilidade da inflação e a
queda dos juros são fatores que irão estimular o retorno dos
investimentos e, consequentemente o aquecimento da economia, que dá
sinais de recuperação.
Para os executivos, esse crescimento nos negócios ainda deverá ser
acompanhado por uma expansão no quadro de funcionários. Eles falam em
aumentar o número de colaboradores tanto nas células de planejamento e
suporte, como na de desenvolvimento. Neste ponto, a Mídias Educativas
se destaca com a possibilidade de abrir vagas logo em janeiro. Os
demais preveem a ampliação de pessoal ao longo do ano.
A estabilidade do preço também é uma aposta, em comum, para o mercado
de TIC. Com os custos controlados e a inflação em baixa, os
empresários não veem espaço para subir o valor dos seus serviços e
produtos. Além disso, a concorrência é grande e os clientes ainda
enfrentariam dificuldades em absorver uma suposta alta. Contudo, vale
destacar que eles se diferenciam nas estratégias adotadas quando se
trata de política de preços.
Por fim, Antônio Valença, Laís Xavier e Patrick Gouy apontam a
existência de risco para suas previsões não se concretizarem: um
processo eleitoral turbulento. Para eles, a chegada de um grupo
político no comando do país ou do governo estadual que não esteja
comprometido com os ajustes das contas públicas pode gerar insegurança
e afastar investidores, comprometendo o ritmo de retomada da economia.
Confira as entrevistas completas a seguir:
Entrevista
– Antônio Valença
Entrevista
– Laís Xavier
Entrevista
– Patrick Gouy